Patamuté: memória e lembrança de Afonso Menezes.

É seguramente certo que o caminho mais curto para alcançar a dignidade e a modéstia é a humildade.

Os contornos das dificuldades e as curvas do caminho apontam o equilíbrio entre a decência e a construção do caráter.

Nesse diapasão, José Afonso era assim: humilde, modesto, digno, decente, ético, caráter irrepreensível.

Afonso Menezes/Arquivo da família/sem data

José Afonso de Souza Menezes nasceu em 26.03.1946 e faleceu em 13.11.2017.

Engenheiro agrônomo graduado pela pioneira Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco (FAMESF), construiu seu mundo estribado na dignidade e na decência.

Em Patamuté e Chorrochó estão as raízes de José Afonso. Seu pai Manoel Pires de Menezes (Nozinho) e sua mãe Maria José de Souza Menezes (Zarica) construíram os pilares de uma família exemplar que enriqueceu a história do lugar.

Zarica nasceu a 03/10/1924 e faleceu em dezembro de 2018. Era filha de Antonia Mendes de Souza e Ernesto Ferreira de Souza.

Zarica e Nozinho constituíram família alegre e honrada: José Afonso de Souza Menezes, Maria Auxiliadora de Menezes Kawabe, Manoel Ernesto de Souza Menezes, Antonio Carlos de Souza Menezes, Maria Socorro Menezes Santana, Jorge Luiz de Souza Menezes e Maria Agripina de Menezes Fernandes.

Nozinho nasceu em 16.07.1920 e faleceu a 20.02.1999. Era filho de Argentina Pacheco e José Pires de Carvalho.

Membro da tradicional família Menezes, de Chorrochó, Nozinho fez política no município de Curaçá e deixou para José Afonso seu legado de dedicação à causa dos mais necessitados, que se havia dedicado com zelo e seriedade.

José Afonso era educado, atencioso e, sobretudo, correto, essencialmente correto.

A Câmara Municipal de Curaçá se enriqueceu com a passagem marcante de José Afonso, político de caráter irrepreensível, sempre preocupado com a causa dos mais humildes.

Deixou família decente e bem estruturada: a mulher e professora Norma Suely Brandão Menezes e os filhos José Carlos Brandão Menezes, Anna Karla Brandão Menezes e Anna Maiara Brandão Menezes.

Encontrei-o pela última vez em Chorrochó. Sempre altivo, conversa interessante e ampla visão da realidade política da época, admirável capacidade de argumentar.  

Anos mais tarde, um telefonema de Afonso me alcançou em São Bernardo do Campo e ele me dizia que precisava fazer alguns procedimentos num hospital de São Paulo. Não sei se chegou a fazer.   

Cronista vive se perdendo e se achando. Assim, neste texto malfeito e desconchavado, lembro que Jorge, irmão de Afonso, foi meu amigo de tertúlias e boemias.

Maria Auxiliadora, também irmã de Afonso, foi minha professora de memoráveis lembranças. Seus ensinamentos somaram-se ao meu viver e os carrego até hoje. Entretanto, a admiração se estende a toda família de Zarica e Nozinho. Ambos serviam de exemplo a todos nós que vivíamos naquela quadra do tempo.

araujo-costa@uol.com.br

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