Guilherme Paixão, honorável de Brejo Seco

“Não vos apresseis em compor a obra que há de conservar a essência de vossa mocidade” (Joaquim Nabuco, jurista e historiador, 1849-1910)

Dr. Guilherme Paixão da Silva/reprodução perfil facebook

Como diziam os mais velhos, os “troncos” do Dr. Guilherme Paixão da Silva estão fincados na memória da Fazenda Umbuzeiro: Mamede Manoel da Paixão e Maria do Carmo Paixão.

Já se vão, por aí, algumas décadas. Conheci Dr. Guilherme em Patamuté, en passant, muito rápido, dia de festa do padroeiro Santo Antonio. O ano se distancia no tempo.

Não houve salamaleques, tampouco qualquer aproximação.

Eu já o admirava. Embora ele não me conhecesse, mantive a lembrança de sua elegância e cordialidade.

Entretanto, já o conhecia de elogiosas referências. Quando morei em Patamuté, fui acolhido por Antonio Ferreira Dantas Paixão e sua esposa Rachel do Carmo Paixão, a generosa e querida tia Rachel.

Antonio Paixão foi incentivador de minha caminhada em direção ao desconhecido.

Recolho dos escombros da memória uma lembrança: Eu trabalhava com Antonio Paixão espichando peles de bodes nos fundos do Armazém, em dias de sábado, feira em Patamuté. Juventude difícil e pedregosa, minha pobreza beirava o extremismo. Não mudou muito.

Antonio Paixão mantinha visível orgulho do sobrinho Guilherme que foi para São Paulo e lá cresceu social e profissionalmente.    

Formado em Direito e Ciências Contábeis, fez cursos em algumas das mais respeitáveis instituições de ensino de São Paulo, dentre elas a Fundação Getúlio Vargas, Universidade de São Paulo e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Mas os sustentáculos do conhecimento de Dr. Guilherme vão mais longe e não se restringem ao formalismo curricular, de modo que não me atrevo a tecer ponderações outras sobre sua vasta experiência, mormente no campo das ideias.

A família Paixão sempre foi conhecida pela inteligência e autodidatismo. Por exemplo, Jacinto Paixão, irmão de Antonio Paixão, destacava-se pelas palavras escorreitas, apropriadas, seguras e em razão de seu conhecimento enciclopédico.  

O fato é que Dr. Guilherme Paixão da Silva voltou às suas raízes, depois de anos de exercício profissional em São Paulo. Hoje vive na Fazenda Brejo Seco nas cercanias de Patamuté rodeado de parentes e amigos.

Trata-se de ilustre e honorável habitante de Brejo Seco que enriqueceu o lugar com seu trabalho e dedicação à família.

A mocidade de Dr. Guilherme Paixão abraçou os estudos e a luta profissional em São Paulo. Lá ele compôs sua admirável obra que o fez respeitado perante todos nós, seus conterrâneos.

araujo-costa@uol.com.br  

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